quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O cinema como revolução aos nossos olhos 

                                                                       

   Inicialmente apresentado pelos irmãos Lumière, – baseados nas experiência de Thomas Edison – o cinema  caracteriza-se por ser uma das artes mais revolucionárias já criadas. Por serem facilmente difundidos pela população, os filmes foram bastante utilizados para divertir, alienar e conscientizar a sociedade, revolucionando toda a mentalidade da época em que foi criado até os dias atuais. 
   É inegável a relevância de filmes e documentários que criticam comportamentos e situações da sociedade. Estes promovem uma melhor assimilação de diferentes realidades e garantem uma reflexão sobre os valores vigentes carregados por diversificadas culturas. Pode-se citar diretores como Charles Chaplin e Michael Moore. Apesar da enorme distância temporal que existe entre eles, os seus filmes convergem na abordagem: a crítica do presente. Filmes como “Capitalismo: Uma história de Amor” e “Tempos Modernos” criticam veemente o sistema de produção capitalista, apresentando seus problemas e contradições.
    Apesar de possuírem o poder de criticar, também possuem o de alienar. A cinematografia foi bastante utilizada para legitimar regimes totalitários e garantir a subserviência da população. O documentário “O Triunfo da Vontade” é um clássico exemplo disso. Hitler aparece como o salvador da Alemanha, sendo louvado por toda a população. Atualmente, o problema reside numa diferente forma de alienação. Não mais para legitimar governos mas para desviar a atenção dos problemas. É daí que surge o conceito de indústria cultural. Os filmes, dotados de um poder crítico impressionante, são agora “padronizados” servindo apenas para manter o povo obsoleto e inerte diante tudo que a ele é imposto.
   Seja para alienar ou para instruir, o cinema mostra-se como item necessário para a identificação cultural de um certo local. Por ser formador de opinião deve ser acessível a todos gratuitamente e exibidos sem qualquer tipo de restrição. Apenas o efetivo investimento nos recursos cinematográficos e nas ideias de pequenas diretores irá garantir uma democratização no acesso à cultura do cinema e na criação de filmes.

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